21 dezembro 2010

Fez-se Luz
















Numa manhã escura,
Fria de Inverno,
De insónia e pesadelo,
Melancólica e angustiada,
Acordei,
Fiz as orações ao Senhor,
E perguntei-lhe:
-Senhor onde eu errei?
A resposta eu escutei;
Quando eu caminhava
Em tua direcção
Não me viste,
Quando eu te falei
Não me respondeste,
Quando eu abri a porta 
E ma fechaste,
Quando caiste
Te estedi a mão
E não me olhaste,
Quando ficaste no chão, 
No fundo do abismo 
E não te ergueste…
Quando passou a criança
E não sorriste,
Quando o inocente
Abriu seu coração
E não o escutaste,
Quando ao mendigo
Não saciaste a fome,
E não o abrigaste...
De lágrimas nos olhos
Senti minha dor,
Percebi que caminhava
Na direcção errada,
Sem nenhum pudor!!
As minhas orações para ti,
Eram supérfluas,
Já não tinham valor,
Cheio de orgulho, 
luxúria, e até ganância,
Pensava grande,
Já não havia”Esperança”!!
-Quanto mais crescias,
Mais tu avançavas,
Pensando que eras o maior!!
O "Senhor do Mundo":
E foi aí que escorregaste
Caiste já não te levantaste,
Mergulhaste em lágrimas repensaste.
Em poucas palavras pronunciaste!!

Vem Senhor; Vinde que estou só,

Perdoai-me Senhor!!  eu estava cego?...





O meu pequeno palácio


















Ao meu pequeno Palácio
Dou o nome de aconchego,
É a casa familiar
Onde eu repouso e escrevo...
Partilho com os amigos
Os momentos fraternos,
As alegrias da vida 
E por vezes os flagelos...
Minha casa o meu lugar 
O Jardim das laranjeiras,
eu costumo assim chamar!!
Ás vezes sinto-me bem
A natureza a observar,
O aconchego do meu lar 
A família a partilhar,
Quando estamos presente
Há alegria no ar!!
Este recanto fraterno
Onde a inspiração não falta!!
Por vezes fala mais alto
Enobrece a minha alma,
Há momentos refrescantes
Em que devemos ter calma,
Mas há outros mais secretos,
Que falam dentro da alma!!
Ás vezes a meio da manhã
A poesia quer chegar,
Mas tenho que a intalar
Porque é hora de almoçar...
Fica tão apertadinha
Ali naquele lugar!!
Querendo sair para fora,
Começa-me a sufocar…
Por vezes quer enrolar
O que estou a magicar,
Outras é bem espontânea,
Que nem me deixa concentrar!!
Tenho que a vontade fazer 
Começando a escrever,
No final fico aliviada,
Ela é a razão do meu ser...
Não sei se sou poeta!!
Escrevo por inspiração,
Ela sai-me da alma
E sinto-a no coração!!
Eleva-me o astral
Preenche o meu vazio,
É como um sonho real,
Que me faz um desafio!!
Sinto-me tão feliz 
Porque tenho com quem partilhar,
Os momentos de silêncio
Que não ocupam lugar,
Até os Anjos do Céu
Descem pra me acalmar,
Dizem-me ao ouvido
Tu não deves parar!!...



Que turbilhão de vida!



















Há dias que me sinto a nadar,
Como um barco a boiar no mar,
Quando o temporal se levanta,
Que rema sem rumo e sem esperança…
De alguma forma, tudo balança,
Se vê sozinho, abandonado,
Na vida não tem mais nada,
Com sua alma despedaçada,
Procura a tábua de salvação.

Se é que ainda há coração,

Que venha então a razão,
Sem amargura, mas com perdão,
Que accione a sua mente
Que me conquiste de paixão!..
Esse anjo da paz vagueia,
Passando quando deseja, essa alma acompanhar,
Sem sequer lhe perguntar, o que estás fazendo no mar!
Mas mesmo assim responderei,
Aquilo que desperdicei em terra,
Havendo tanta caravela, para o pensamento levar,
De forma a não mais voltar, porque não quero recordar!



pomba mansa





















Pomba mansa voadora, que voas no meu jardim,
Um dia ficou sem fel porque Noé quis assim.
Á terra foi enviada para uma missão cumprir,
Um ramo de oliveira, levou no bico a sorrir.

O corvo descompensado, também por Deus enviado,

Perdeu-se logo à chegada, onde resíduos encontrou,
Por a terra não estar limpa, quando o dilúvio acabou.

Pomba branca em pensamento, enche-nos do Espírito Santo

Ela é o símbolo da paz, que algo de bom nos traz.
Pomba cinza é brejeira, reforça o nosso astral,
Sem que nos damos conta eleva-nos à brincadeira.

Pomba negra é traiçoeira, enlouquece qualquer um,

Leva-nos á cegueira, e faz-nos ficar sem rumo.
Ó pombal que pombas tendes, sempre em bandos voais,
Sois a chave da liberdade, que ao ser humano tirais...




16 dezembro 2010

quem me dera ser a lua






















Quem me dera ser a lua, pr'o teu coração iluminar,
Vê-lo luzir por dentro, sem ninguém a atrapalhar,
Viver lá nas alturas, pertinho das nuvens do céu,
Dizer-te então baixinho, que lindo amor é o teu!..

Voar um pouquinho mais alto, para as estrelas visitar,

Elas são tão cintilantes que parecem namorar!
Um pouquinho mais ao longe, o sol também quer espreitar,
Com seus raios tão distantes o romance apreciar…

Que belo amor é o teu, que me enche de candura,

Perfumado de rosas brancas, inebriam de doçura,
Viver juntinhos a dois, lá acima no firmamento,
Beijar-te de hora a hora sempre e a qualquer momento…

Quem disser que não tem sonhos, decerto não é normal!

O sonho não paga imposto e a mente pode voar,
Ser livre é sempre bom, ao pensamento o permite,
Transmite-nos tanta coisa que por vezes nem existe…

Que bom que seria na vida, se o pensamento falasse,

Algo de tão abrupto, no entanto revelasse,
O coração vivia mais leve, ternurento de paixão,
Quando dois amantes se amam e brilha o seu coração!..   




O Sol




















O Sol é um Astro que dá brilho ao Planeta,
Que Deus enviou ao mundo para seu complemento,
Sem ele seria impossível vivermos esta faceta,
O Sol é o brilhar do dia, é o raiar da manhã, é a luz que nos guia,
É aquele que nos aquece, que alegra o nosso dia.
O Sol é produto da natureza, que faz brotar a terra,
Germinar na primavera, a semente que o ser humano,
Por amor lança à terra.
O Sol é a capa dos pobres, é o vigor do Verão,
É aquele que faz crescer e dá o pão e nos aquece o coração.
O Sol é algo que nos dá prazer, alimenta as praias no Verão,
O Sol alegra a nossa vida, quando ela está ferida,
Fortalece a energia e apaga a depressão.
Sem ele nada fazia sentido, a natureza não teria vida,
O ser humano talvez não resistisse a viver na escuridão,
As plantas morreriam porque vida não teriam,
E o mundo seria em Vão.
Mas Deus é a perfeição ele criou o mundo,
Á semelhança de cada Nação…




A neve






















Da janela do meu quarto vejo a neve cair,
São delícias das crianças que as fazem sorrir,
As temperaturas baixam os agasalhos aumentam,
As lareiras crepitam dos lenheiros que as sustentam.

Ela cai de mansinho fazendo um certo silêncio,

Cria um manto branquinho causando uma certa prudência.
Que magnífico panorama com que Deus nos quer brindar,
É um dos cenários mais lindos para nos campos actuar.

Agora olhando a paisagem toda florida de branco,

Recordo-me de um passado em que eu era criança,
Fazia dela esqui em qualquer parte e lugar,
Mas o tempo era tão pouco para dela desfrutar.

Esta neve pura e branca é uma bênção do Céu,

De todas é a mais bela que Deus à terra enviou,
Esta prenda de Natal criada pela natureza,
Vem na melhor altura apanha todos de surpresa.

Nesta quadra natalícia, que podemos aproveitar,

Para pensar na mensagem, para o ano que vai chegar,
Que a todos nós chegue o pão, o afecto e a saúde,
Que ao pobre mais ampare, que a nenhum de nós perturbe...