24 julho 2010

Paixão adormecida






















A paixão adormecida, que um dia desabrochou,
Fechou-se num casulo, e por destino assim ficou.
Não resiste ao sentimento, lágrimas lhe faz brotar,
Mas existe algo tão puro, sua esperança é sonhar.


Esse amor extenso e belo, que algum dia se perdeu,
Porque motivo seria! Quereria sabê-lo eu.
Deixou-me sozinha e triste, no meio da multidão,
Será assim o destino! Ou não existe um “eu”.


Quisera ser desnaturada, ter um dia de cada vez,
Não sofreria em vão, ousaria só altivez!
Mas Deus terá o destino, por qual havemos seguir,
Senão lhe abrirmos as portas, como podemos sorrir!


Aqui se encerra tudo, numa palavra só,
Porque não o buscamos! Peçamos-lhe sem fim e sem dó.
Deus vem sempre em nosso auxílio, na solidão e desespero,
Não hesitemos chamá-lo, evitamos o pesadelo.


Ele é o meu conselheiro, e o meu melhor amigo,
Acalma a minha paixão, e com amor está comigo.
Dá-me luz quando a peço, dá-me alento quando quero,
Ele é o alívio total, que no silêncio eu espero.