23 março 2013

A sanita a murmurar

















A sanita a murmurar,
que triste sorte é a minha,
levo com cada traseiro,
esta é a minha sina!

Seja suja ou limpa,

tudo me vai procurar,
quando chega aquela hora,
que não podem retardar.

Barulhentos malfadados,

qualquer seja o cidadão,
todos me olham de lado,
em qualquer ocasião.

Estou sempre à vossa espera,

e até à disposição,
dos vossos atrevimentos,
e da falta de educação.

Ninguém me leva a sério,

todos saem atrevidos,
antes que lhe retrate,
todos e qualquer gemido.

Pestilento  ou perfumada,

nunca me dão sossego,
assim lamento a minha sorte,
porquê este flagelo!

Uns mais gordos, outros magros,

pequenos ou rechonchudos,
quer de noite quer de dia,
são para mim tão maçudos...


Sem comentários: